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Exclusivo – A Guerra Híbrida Chegou ao Planalto Central

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A série a Guerra Híbrida chegou ao Planalto é composta de dois artigos:

1 – Guerra Híbrida Chegou ao Planalto Central Link

2 – Castrochavismo pleiteia na OEA que Dilma retorne à Presidência Link

O Editor

 

Nelson During

Editor-Chefe DefesaNet

 

A data escolhida para a ação #OcupaBrasília foi estrategicamente definida não por razões de política interna, mas pela geopolítica latino-americana. Uma sofisticada ação envolvendo organizações em vários países, mas com um centro decisório único. Este não estava localizado no Brasil, mas sim no exterior.

O dia 24 de Maio 2017, foi uma data escolhida não pelas centrais sindicais ou os chamados Movimentos Sociais nacionais (integrantes da Guerra Irregular), mas sim para ser coordenado com ações do “castrochavismo”, no Brasil e em outros países.

A parte visível eram centenas de ônibus e milhares de manifestantes se dirigindo para Brasília, na bagagem a pauta:

1 – Pressionar contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária, e,

2 –  Encorpar o “Fora Temer”.

A agenda secreta era mais complexa, difusa e intangível, características dos conceitos de Guerra Híbrida. Como se caracteriza esse conceito?

A melhor definição está no recente trabalho de  Mark Galeotti, em seu trabalho “Hybrid War or Gibridnaya Voina?”(1)

“a palavra híbrida é interessante pois significa tudo e nada ao mesmo tempo”  

Para uma definição concisa e clara recomendamos o texto do GenEx Pinto Silva (O Brasil e a Guerra Híbrida no Pós Guerra Fria Link)

 

Assim o seu emprego é interessante pois de difícil explicação e entendimento para a Opinião Pública. O que o cidadão verá é o resultado de uma série ações difusas e encobertas, cabendo ao governo, que é o alvo, o único ônus da ação.

Em efeitos práticos temos a junção de atos:

a –  visíveis e mensuráveis (manifestações, expressões políticas, etc);

b – ações irregulares – emprego de elementos criminais como agentes desestabilizadores;

c – movimentos diplomáticos para pressão desde o exterior;

d – obrigar as autoridades e governo a tomar ações que aparentemente são desproporcionais aos fatos (visíveis), e,

e – cobertura midiática pronta para adaptar qualquer evento e acontecimento aos seus interesses.

 

No caso do #OcupaBrasilia a área de inteligência do Governo Federal já tinha identificado características únicas deste movimento. Pela primeira vez, que se saiba, enviou um guia com instruções aos funcionários. A revista Época publicou, no dia 23 Maio, instruções de segurança repassadas aos ministérios. Abaixo a nota distribuída aos servidores do Ministério do Planejamento.

 

O Timing

Na entrevista coletiva para anunciar o encerramento antecipado da Operação GLO, em Brasília, com o Ministro da Defesa Raul Jungmann, no Palácio do Planalto, na manhã de 25, o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), GenEx Sergio Etchegoyen, menciona que a ação inicial de grupos surpreenderam as Forças de Segurança. Creditou ao fato que talvez avaliando que o perímetro de proteção não estava totalmente montado os manifestantes tentaram aproveitar a oportunidade.

Alguns fatos e questões?

1 – O que levou a vários grupos geralmente de 6 a 10 pessoas atacarem de forma violenta os policiais antes do evento começar?

2 – Os ataques iniciaram logo após o meio dia atingindo o maior pico entre as 13h30 min e 14h30 min, no confronto direto com a Polícia Militar do Distrito Federal;

3 – a partir da 15h00 iniciaram os ataques e depredação e incêndios aos prédios dos ministérios, provavelmente outros grupos de ação não vinculados aos choques com as Forças de Segurança, e,

4 – Os ataques às Forças de Segurança, e a reação destas, prejudicaram o próprio evento, #OcupaBrasília, pois quando o grosso dos manifestantes, que haviam saído do estádio Mané Garrincha, partiram as meio dia, chegavam à Esplanada dos Ministérios cerca de 13h30, tiveram de dar a meia volta.

 

Após quase quatro horas de conflito e com características inéditas pela violência dos ataques a tropa da PMDF estava exausta. Surgiam inúmeros outros pontos como a proteção aos prédios públicos da Esplanada dos Ministérios para evitar saques ou novos ataques. Os manifestantes, geralmente idosos, integrantes dos Sindicatos e Centrais já não estavam na Esplanada, pois tiveram que se retirar devido ao gás lacrimogênio e a violência.

O Presidente Michel Temer, atende pedido inicial do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que pedia o emprego da Força Nacional. Alegando a pequena quantidade de membros da Força Nacional em presente em Brasília, e com base nas informações de inteligência, o Governo Federal Decreta uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem, sobre responsabilidade do Comandante Militar do Planalto GenDiv Luiz Carlos Pereira Gomes.

O anúncio da ação de Forças Federais teve um efeito imediato com o esfriamento das manifestações restando conflitos residuais na Esplanada e em alguns outros pontos.

Membro da área de inteligência comentou para DefesaNet:

“Existe dúvidas se a manifestação prevista pelos organizadores, "a pacífica", tenha vínculo direto com os vandalismos. Talvez dois planejamentos, estrategicamente desvinculados (para a mídia), mas integrados na execução.”

Agora passemos para a Agenda Híbrida

 

Qual a razão de o conflito ter iniciado antes de os manifestantes terem chegado à Esplanada dos Ministério?

Em artigo magistral, exclusivo de DefesaNet, o analista Edgar Otálvora detalha a reunião da Organização dos Estados Americanos, e mostra as ações do Equador de incluir a situação do Brasil na agenda do dia 24. (acesse Castrochavismo pleiteia na OEA que Dilma retorne à Presidência Link)

Desde 2014, o Equador e outros governos Bolivarianos, têm bloqueado qualquer discussão sobre a situação da Venezuela.

Para subsidiar o pedido basearam-no em desinformação plantada, dia 21Maio, pela Publicação kirchnerista Página12, de Buenos Aires.     

O início dos conflitos logo ao início da tarde era para gerar factoides e repercussão ainda na Reunião da OEA, que ocorria na sede em Washington DC. Com diferença de uma hora menos era necessário começar logo e com muita violência.

O motivo a situação interna no Brasil?

Não. Absolutamente Não! O objetivo era criar um fato para ajudar a tirar a pressão sobre o governo Bolivariano Nicolás Maduro e sua brutal repressão, conduzida estrategicamente, pela inteligência cubana, contra a população Venezuelana.

 

Efeitos. Mesmo com as forças ao limite, cansaço. Atacadas por diversos tipos de artefatos (pedras, bolitas, bastões, foguetes e bombas), e demandas crescentes, as Forças da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) suportaram bem a demanda.   

O resultado foram 49 feridos os dois mais graves: dedos decepados por artefato caseiro e um ferido a bala ainda não explicado, e um policial com perna quebrada.

Ou efeito em série contra pessoas de meia idade e idosas que poderiam ser atacadas pelos efeitos de agentes irritantes como Spray de Pimenta e Gás Lacrimogênio (um dos objetivos), ficou limitado pois o conflito começou antes devido ao timing necessário com a reunião da OEA.

Restaram os efeitos das ações de Desinformação e Guerra Informacional.

Uma surpresa é ver a Rede Globo, comandada com mão de ferro pelo jornalista Merval Pereira, no atual processo de desestabilização do Governo Michel Temer, atuar como agentes de desinformação como as russas RT e Sputnik (exército não armado de Vladimir Putin), ou a Bolivariana TeleSur e o Kirchnerista Página12. Outros participam como O Antagonista, mas com o foco do resultado financeiro possível.    

Ver publicações como estas indicadas abaixo, são nada mais que ou agentes da Guerra Híbrida ou idiotas úteis.

 

  Capa do jornal O GLOBO, 25 MAIO 2017. Um exemplo de Desinformação e má fé.

 

Abaixo como usar os meios em uma Operação de Desinformação. Os 55 mortos (até o dia 24MAIO2017), causados pela Brutal Repressão da Policia Nacional Bolivariana e Guardia Nacional Bolivariana são creditadas aos opositores.

 

Em entrevista ao jornal Zero Hora, publicada na sexta-feira (26MAIO2017) o GenEx Etchegoyen fala sobre a decretação da Operação GLO:  

“Havia duas opções claras. Uma era ir dormir contabilizando prejuízos políticos por ter tomado a decisão. A outra, era ir dormir contabilizando mortes.’

Resta a pergunta: o que mais estava preparado nas ações de Guerra Híbrida, pois o decreto previa a Operção GLO, até o dia 31 de Maio?

Um fato é certo – o sangue de brasileiros na Esplanada dos Ministérios serviria para redimir o sangrento regime Bolivariano de Nicolás Maduro. 

Anotem em suas agendas; 24 Maio 2017 o dia em que a Guerra Híbrida iniciou contra o Brasil e sua população. Quais os próximos passos?

Nota DefesaNet

Recomendamos a leitura do notável texto do GenExR1 Carlos Alberto Pinto Silva:

GenEx R1 Pinto Silva – O Brasil e a Guerra Híbrida no Pós Guerra Fria Link

Uma texto apresentado de forma simples e sem gongorismos que detalha com clareza as ações planejadas para o dia 24 Maio 2017.

Referências

1 – Mark Galeotti – Hybrid War or Gibridnaya Voina? Getting Russia’s non-linear military challenge right – Mayak Intelligence 2016

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